sábado, 16 de março de 2013

Sua Segurança: o risco da valentia


Matéria da Zero Hora, Por: Humberto Trezzi.

Ainda que corajosas, ações de policiais realizadas no Estado nas últimas semanas apresentaram falhas e resultaram na morte dos agentes
Por: Humberto Trezzi 
O que o soldado Fogaça, o policial civil Michel Vieira e os quatro PMs que tirotearam com bandidos em Cotiporã, no fim do ano, têm em comum? A coragem. Todos tentaram neutralizar ameaças contra eles e contra a coletividade, mostrando destemor. O problema nos três episódios é que a valentia não supera alguns erros técnicos de abordagem — equívocos que, algumas vezes, levam à morte.
Michel e os quatro PMs envolvidos no tiroteio na Serra reagiram contra criminosos que estavam em vantagem, numérica ou pelo fator surpresa. No caso do policial civil, que sacou a arma contra um bandido já armado durante um assalto na Capital na terça-feira (e que tinha um parceiro na espera, não visto pelo agente), isso foi fatal. Ele morreu, mesmo tendo causado ferimentos num dos oponentes.
Em Cotiporã, os quatro policiais enfrentaram nove bandidos armados com fuzis. Dois PMs ficaram feridos e três bandidos mortos — um misto de audácia, perícia e sorte por parte dos agentes da lei. Por uma questão de lógica, poderia ter ocorrido o contrário e estaríamos, agora, lamentando a morte de pessoas que agiram em defesa da sociedade. No caso de ontem, o soldado Fogaça e outros quatro PMs procuravam oito traficantes do Campo da Tuca, sabidamente armados.
Ora, uma das regras mais antigas ensinadas nas academias policiais é a do "três por um": o recomendado é que os policiais estejam em superioridade de três contra um, quando tentam prender alguém. Isso para que o próprio criminoso desista, ao saber que está em menor número.
Nesses três confrontos ocorridos em menos de um mês no Rio Grande do Sul e que abordo aqui, os policiais estavam em menor número. No caso do policial civil, nem de colete balístico estava, por ser horário de folga. Hora de reavaliar procedimentos.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br


Minha Opinião: Apontar falhas é fácil, difícil é estar em local de confronto. Já atendi ocorrência envolvendo sequestro de 2 motoristas de caminhão. Onde pelo menos 5 criminosos fortemente armados com espingardas calibre .12 e pistolas, estavam fugindo com os reféns. O único PM  no expediente do dia, bateu na porta da minha casa, o único policial civil de sobreaviso naquele final de semana, me contou do fato, deixei minha mulher em casa, e saímos atrás dos suspeitos. O reforço foi pedido mas demoraria mais de meia hora para chegar, na hora a orientação era salvar os reféns. Bonita esta história de superioridade numérica, e realmente deveria ser assim sempre, mas os bandidos não avisam quando e tão pouco em quantos irão atacar. No caso em questão os os reféns foram soltos em seguida, pegamos mais 3 PMS que estavam de folga em suas casas, e procuramos os autores, mas infelizmente não os encontramos. Mas foi bom ter lido esta reportagem, na próxima vez que enfrentar uma ocorrência com criminosos armados, vou dizer para eles esperarem, até que tenhamos superioridade numérica para enfrentá-los, ou se estiver de folga andando com minha família vou pedir para minha mulher segurar o ladrão, até que eu vá em casa pegar o colete.  FALAR MAL DA POLÍCIA É FÁCIL, DIFÍCIL É SER POLÍCIA.

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