quinta-feira, 21 de março de 2013

Dependência Química no Brasil: Do problema à solução.


A educação como medida preventiva ao uso indevido de drogas, deve situar-se em um espaço bastante amplo. O uso de drogas psicoativas não pode ser visto como um aspecto isolado do comportamento humano, mas tem que ser inserido no contexto geral da saúde, na convivência social, do sentido da existência e da questão dos valores éticos e morais que a norteiam. Os procedimentos eficazes para prevenir e reduzir o comportamento indevido frente às drogas devem, portanto, basearem-se em uma estratégia integrada que harmoniza uma variedade de medidas e intervenções, requerendo uma cuidadosa orquestração para poder atender aos objetivos pautados. Simultaneamente, é essencial que se promovam alternativas positivas ao uso indevido de drogas. Para que isso ocorra, é fundamental a participação plena de todas as instituições, assim como a mobilização de recursos comunitários para prevenir e reduzir esta pandemia.
Outro ponto importante que se cabe salientar é o fato de filhos de dependentes químicos possuírem o risco aumentando de se tornarem dependentes, e/ou apresentarem transtornos psiquiátricos. Sendo assim é necessário a criação de um serviço especializado de prevenção seletiva, dirigido a crianças, adolescentes e familiares afetados pela dependência química, uma vez que filhos de dependentes químicos representam um grupo de risco para o desenvolvimento de problemas biopsicossociais. Apesar deste risco, é importante salientar que grande parte dos filhos de dependentes de álcool é acentuadamente bem ajustada, e por isso, uma abordagem preventiva de caráter terapêutico e reabilitador pode ser de vital importância no desenvolvimento de filhos de dependentes químicos. Levando-se em contra o fato de pesquisas apontarem que o impacto da prevenção é maior na idade de iniciação do consumo de substâncias: dos 10 aos 13 ano.
Isto posto, entendo que a drogadicção tem se tornado um grade problema social em nosso país, e que as  políticas visando a saúde mental e tratamento para os dependentes químicos, são extremante precárias, posto que estão vinculadas ao sistema SUS, que já um sistema caótico, que não consegue atender as necessidades básicas da população, quanto mais tratar de um problema complexo, como este. O que se vê no Brasil, é uma legislação bastante avançada, que ampara o usuário, mas fica apenas nisto, como quase toda boa iniciativa governamental, fica no papel. Os dependentes químicos na grande maioria, ficam relegados a boa vontade de entidades filantrópicas, a grande maioria ligada a igrejas e religiões, que lidam com muita boa vontade e caridade do assunto, mas que infelizmente ainda estão muito longe de ter capacidade técnica e aporte instrumental, de que um usuário de drogas necessita. A droga é um problema  biopsicossocial, que necessita de esforços de diversas áreas, como médica, psicológica, assistência social as famílias, dentre outras. O Brasil atualmente esta deixando de lado este problema, fazendo como fez o governo de São Paulo, varrendo o problema para debaixo do tapete, como quando expulsaram os viciados da Cracolândia, mas por não estarem ali, eles não vão parar de se drogar, apenas o farão em outros locais da cidade. Esta na hora do governo, tomar pé do estado calamitoso em que se encontra a situação da drogadicção, e criar mecanismos eficazes para tratar do problema, com grandes esforços, e campanhas, com políticas sérias de prevenção e muito mais que isso, sérias no que diz respeito ao tratamento, para que a política antidroga no Brasil, deixe de ser apenas uma boa intenção, e seja posta em pratica.

Autor: FSantanna

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